Pantera Negra (2018)

Black Panther (Ryan Coogler - 2018)

Entre críticas favoráveis e contras, Guerra Civil foi muito elogiado ao introduzir o personagem Pantera Negra. Agora em seu filme tem o propósito de apresentar não somente a origem do herói, mas nos introduzir ao povo e cultura de Wakanda.

O diretor escolhido foi Ryan Coogler, que dirigiu o sucesso Creed, que após os acertos de James Gunn, Taika Waititi e dos Irmãos Russo, teve sinal verde para fazer um filme que integrasse o MCU e também que fosse autoral em sua totalidade. Portanto, Coogler monta uma equipe que priorizou a inclusão de negros na produção e começou as filmagens.

O filme inicia com uma belíssima sequência que resume toda a história de Wakanda em poucas linhas, ao mostrar um pai contando para seu filho a história de seu povo. Esse pai é N'Jobu, irmão do Rei de Wakanda, T’chaka. Esse introdução se passa no início dos anos 90, época da revolta em Los Angeles após a morte de diversos negros pela mão da polícia da cidade. Esse ponto inicial serve para guiar toda a motivação do filme e fazendo com que o filho de N’Jobu, N’Jadaka, seja o vilão melhor construído da Marvel e que realmente antagoniza com os ideais de T’Chala, o Pantera Negra e atual rei de Wakanda.

Os objetivos de N’Jadaka e T’Chala são bem definidos. N’Jadaka criado isolado de sua nação após a morte do pai, acaba sendo criado nesse Oeste Americano onde havia essa onda de preconceito racial. Afastado de sua origem real e criado marginalizado, N’Jadaka construiu seu plano de vingança, porém sua principal meta era abrir as portas de Wakanda para o mundo para proteger e armar todos os negros que viviam segregação pela África e América. T’Chala por sua vez, como novo rei dos Wakandanos, tem como missão seguir o legado do pai e continuar protegendo seu povo. Porém seu breve contato com os Vingadores (em Guerra Civil) e sua convivência com a irmã Sukia e a ex-namorada Nakia, faz com que T’Chala passe a entrar em um conflito interno sobre proteger sua nação ou abrir as portas de Wakanda para dividir sua tecnologia com o resto do mundo. T’Chala e N’Jadaka se enfrentam e após perder seu reino e o posto de Pantera Negra, T’Chala entende sua missão e retorna para retomar seu trono (semelhanças com Rei Leão? Sim). O verdadeiro Pantera derrota seu rival que se redime de seus erros e clama para que o primo abra os olhos para ver os diversos negros que morrem todos os dias devido ao preconceito racial e a segregação.

T’Chala abre as portas de sua nação para o mundo e na cena pós-créditos, ele faz um discurso perante a ONU falando sobre construir pontes e não muros, uma crítica a governo Trump que vem segregar um Estados Unidos instável que deveria ter evoluído socialmente após o governo de Barack Obama.

Pantera Negra tem a melhor direção de arte do estúdio. Cada tribo de Wakanda é inspirada numa tribo real da áfrica. A trilha sonora tem seu ponto alto também ao representar Wakanda e também trazer Rap’s e outros gêneros musicais do cenário negro norte-americano. O filme também é um marco histórico ao ser o primeiro blockbuster com um elenco inteiramente negro. Sua importância foi tão grande que o filme é um dos maiores sucessos de bilheteria no estúdio e deixa um legado sem precedentes na indústria do cinema. A trilha sonora tem seu ponto alto também ao representar Wakanda e também trazer Rap’s e outros gêneros musicais do cenário negro norte-americano. O elenco novamente é destaque, Chadwick Boseman alcança o estrelato enquanto Lupita N’Yongo (vencedora do Oscar) completa sua atuação. Danai Gurira como a líder da Dora Milaj (guarda-costas do Rei de Wakanda) e Letita Wright como Shuri roubam completamente as atenções em todas as cenas que aparecem. Michael B. Jordan é um dos melhores vilões do estúdio e acaba trazendo todos os conflitos que o personagem precisa para a tela. O filme ultrapassa as barreiras do estúdio se tornando o longa mais importante dos dez anos da Marvel ao entrar nas páginas da História do Cinema.


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