HOUVE UMA VEZ, UM HOBBIT
O cinema sempre foi uma constante em minha vida. Minha infância foi rodeada por filmes da Disney, a locadora que ficava em frente de casa, os filmes que meu pai comprava na banca, os VHS onde gravávamos filmes da Sessão da Tarde.
Numa época onde o nerd não era moda e eu nem sabia que era
um. Aliás, nerd (ou o famoso CDF) era pejorativo, uma ofensa que crianças
usavam para zoar o amiguinho mais estudioso ou introvertido. No meio disso, eu
nem percebia que estava me tornando um quando eu assistia quando criança os
filmes do Batman do Tim Burton (como eu gostava) ou Jurassic Park.
Então, em meados de 2002, aconteceu o ponto de virada. Onde
minha experiência de cinema mudou completamente e definiu tudo o que eu queria
seguir para minha vida.
Em 2002 foi a primeira vez que fui ao cinema, na finada sala
de cinema que tinha no Supermercado Coop em Tatuí, onde eu fui assistir Homem-Aranha (Sam Raimi, 2001). Porém
não é isso que quero contar, não é essa experiência que me definiu, foi um filme
que assisti em DVD/VHS: O Senhor dos
Anéis – A Sociedade do Anel (Peter Jackson, 2001).
CONHECENDO A
SOCIEDADE
Meu irmão havia comprado um aparelho de DVD e um dia ele
alugou Shrek (Andrew Adamson – 2001)
e permitiu que eu assistisse a tarde enquanto ele trabalhava. Fui no quarto
dele e assisti, mas após terminar, vi outro filme nas coisas dele, justamente A Sociedade do Anel, eu me recordava que
aquele filme tinha aparecido no Oscar daquele ano e me interessei, afinal eu
estava fissurado em Harry Potter e a
Pedra Filosofal (Chris Columbus, 2001) na época.
Apertei play e assisti a um filme muito, como posso dizer,
chato. Consegui chegar até a parte de Lothlórien, mas como Gandalf havia
morrido e achei tudo muito enrolado, parei de assistir. Após ter visto
Homem-Aranha e Harry Potter, para mim Senhor dos Anéis era muito enfadonho
(olha que blasfêmia cinematográfica eu estava cometendo).
Algumas semanas depois, estava na locadora com minha irmã e
estava lá o VHS da Sociedade, que era
muito lindo, aquela embalagem dupla levemente verde. Ela quis alugar e
novamente me arrisquei a assisti-lo. Como já tinha visto 70% do filme, foi mais
fácil entrar na história dessa vez e com minha irmã junto me explicando alguns
pontos.
Só que o final do filme, AQUELE FINAL, foi frustrante. Odiei
com todas as forças, não havia sentido para mim o que aconteceu com a
sociedade. Então eliminei A Sociedade de minha lista e preferia voltar ao Harry
e ao Aranha.
AS TORRES
No fim de 2002 estreou O
Senhor dos Anéis – As Duas Torres (Peter Jackson, 2002) e ignorei. Minha
ansiedade estava nos livros do Harry Potter que eu ganharia naquele natal. Foi o
momento que dei uma segunda chance ao Frodo e seus amigos. Harry Potter foi o
primeiro livro “de verdade” que eu li, antes só tinha lido gibis da Mônica e da
Disney e livros de alfabetização. Ao ler a Pedra Filosofal e a Câmara Secreta,
percebi como funciona um livro e que realmente não era para ter conclusão a
Sociedade. Eu havia assistido à um capítulo do Senhor dos Anéis, falta o
segundo e ao terceiro.
No começo de 2003 eu acabei um dia perguntando na locadora
quando chegaria o filme e a resposta foi 14 de novembro. Me apeguei à essa data
após várias vezes perguntar quando chegaria o filme em VHS. Quando chegou o
dia, aluguei e numa tarde de sábado, minha irmã e eu assistimos na sala da casa
dela ao filme.
QUE FILME!!! Não deixou de ser arrastado, com muitos
elementos e com uma estrutura diferente de “A Sociedade...”. As Duas Torres
deixava os seres fantasiosos para mostrar como a Guerra pelo anel estava
afetando o mundo dos homens. Além de nos apresentar o Sméagol/Gollum, o melhor
personagem criado por computação até então.
Porém o melhor foi a Batalha do Abismo de Helm. Nunca tinha
visto àquilo, pois era tenso, eles estavam cercados e não havia esperança. Mas foi
incrível a luta de Aragorn, Legolas e Gimli para defender os Rohirim naquele
forte, cercado por chuva e lama. Enquanto Sociedade terminava de maneira
desoladora, Duas Torres era a esperança que nascia, e minha paixão por esse
filme também.
UM REI PARA À TODOS
GOVERNAR
Em um mês estrearia O
Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei (Peter Jackson, 2003) e minha
empolgação estava enorme. Eu assistiria ao filme no Natal à tarde, contava
ansioso as horas para o filme e para completar, ganhei de presente os três
livros da saga. Em menos de dois anos eu estava fascinado por esse mundo, mas
nada me preparou para O Retorno do Rei.
O último capítulo da trilogia foi catártico, uma batalha
épica que durou duas horas no campos de Pellenor, o cenário de Minas Tirith que
hiper-detalhista e monumental, e a saga do Frodo para completar sua missão de
destruir o Anel.
Aquela experiência mudou muito minha vida, pois ver na tela
tudo aquilo que apesar de ser fantasia, não tinha como não dizer que era real,
estava ali.
Através desse filme, comprei pela primeira vez a revista SET
e desde então, passei a amar o Cinema como ofício, como sétima arte. Vi que
aquilo era uma profissão e que era algo que ia além de entretenimento na frente
da TV.
QUASE VINTE ANOS
DEPOIS
Narro tudo isso devido à experiência de assistir à Vingadores: Ultimato (Joe & Antony
Russo, 2019), o que senti nessa última quarta-feira foi os mesmos
sentimentos de quando assisti ao Retorno do Rei. O Guilherme de doze anos de
idade estava novamente sentado na mesma sala de cinema (Cine Santa Helena, o
templo da sétima arte aqui em Tatuí) que estava no natal de 2003.
A experiência de O Senhor dos Anéis agora é replicada por
uma geração de cineastas que foram formados por esses filmes. Por isso insisto
em dizer que Vingadores: Guerra Infinita me lembra A Sociedade do Anel, a
última temporada de Game of Thrones (que está passando na HBO nesse mês) está
para As Duas Torres, e Vingadores: Ultimato está para O Retorno do Rei. Não são
apenas filmes (e série) blockbusters, são eventos, são épicos, assim como foi a
trilogia de Peter Jackson.
Eu tenho um problema para resolver, por anos eu disse que eu
tinha 5 filmes da minha vida (Senhor dos Anéis, Poderoso Chefão, Kill Bill,
Clube dos Cinco e Conta Comigo). Mas agora entrou alguém no meu TOP5. Terei de
encaixar a dupla Vingadores Guerra Infinita e Ultimato aqui e que George
Méliès, Irmãos Lúmiere, Griffith e outros deuses do cinema me ajudem a
solucionar isso.
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