Capitão América: O Primeiro Vingador (2011)

Captain America: First Avenger (Joe Johnston - 2011)

 

O filme introduz dois elementos que serão fundamentais para o Universo Marvel que está sendo formado: Capitão América e o Tesseract.

O diretor Joe Johnston é o primeiro diretor de blockbusters de fato a assumir um filme da franquia. Ganhador do Oscar de Melhores Efeitos Especiais por Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida, ele também foi o criador das naves da franquia Star Wars e diretor dos filmes Jumanji, Jurassic Park III e O Lobisomem. A opção de Johnston, Kevin Feige e os roteiristas foi retratar a origem do Capitão América assim como nos quadrinhos, durante a Segunda Guerra Mundial.

Chris Evans é o escolhido para ser o protagonista. Apesar de vir de comédias e já ter interpretado o Tocha Humana em Quarteto Fantástico, ele sai do tom usual de sua atuação e entrega um Steve Rogers sério e consciente de sua missão como sentinela da liberdade, um herói que defenderá os ideais americanos.

O longa traz um elenco de peso continuando a tendência dos filmes Marvel em buscar não somente estrelas, mas excelentes atores. Porém, diferente de Thor, o maior trunfo de Johnston é saber distribuir os papeis e dar o devido destaque para cada um. Não há sobras, cada personagem tem seu propósito e um ator que entrega aquilo que é necessário.

No grande hall dos atores, temos Hugo Weaving como Caveira Vermelha, Tommy Lee Jones como o General Phillips e Stanley Tucci como Abraham Erskine. O vilão, o chefe e o mentor do herói. Os três personagens apesar de não serem aprofundados, eles servem como alavanca para a história de origem do herói. Com ressalvas para o Caveira Vermelha que tem um pano de fundo clássico: vilão nazista que quer dominar o mundo.

Na nova guarda temos: Sebastian Stan como Bucky Barnes, cujo roteiro dá pinceladas de uma história de origem que será aprofundada nos próximos filmes. Hayley Atwell como Peggy Cartes que se sobressai como coadjuvante, conseguindo o feito de ganhar uma série própria: Marvel’s Agent Carter. Dominic Cooper interpreta Howard Stark, fundador das indústrias Stark e pai de Tony. A atuação de Dominic se inspira no charme de Robert Downey Jr dando ao Howard semelhanças com seu filho.

A melhor cena se ação acontece na virada do primeiro para segundo Ato. Desde a transformação de Steve Rogers até a perseguição ao espião nazista que tenta roubar o soro do supersoldado.  Toda a edição da cena e efeitos práticos dá o tom que será usado posteriormente nas sequências do Capitão América. A reconstituição das cenas durante a guerra e o clímax do filme apela mais para o CGI que não envelheceu bem. Reassistindo o filme é evidenciado o pouco orçamento das cenas em comparação aos demais longas da Marvel. Contudo, os pequenos erros do filme não atrapalha a experiência divertida que é assistir Capitão América, sem a pretensão de querer ser o maior filme de super-herói de todos os tempos, temos uma aventura Sessão da Tarde com um visual retrô e que apela para a Nostalgia de uma época que nós não vivemos. 

Menção Honrosa: Final do filme
Separado da resenha, faço aqui um adendo sobre o final do filme. Após Steve Rogers acordar de sua hibernação forçada no Ártico, descobrimos que ele foi resgatado pela SHIELD e temos um encontro do Capitão com Nick Fury. Enquanto Homem de Ferro 2 inseria a ponte para o Universo Marvel no meio do filme e Thor apresentava  Loki. Capitão América: O Primeiro Vingador traz o elemento chave que conduzirá o arco do primeiro Vingadores e terá sua importância até hoje dentro dos filmes da Marvel, o Tesseract. Conhecido também como Cubo Cósmico, ele será o McGuffin (objeto que serve como elemento que guia todo o roteiro, igual o Anel de Senhor dos Anéis, a Pedra Filosofal, a Arca da Aliança, etc.) do filme e futuramente descobriremos que se trata de uma joia do infinito.

O Marvel Studios constrói seu planejamento para toda essa que ela batizará de Primeira Fase e deixará todo o terreno preparado para o filme que reunirá seus heróis. Fugindo das trilogias e sagas, o estúdio criará uma tendência na atual Hollywood, a de universo compartilhado, seguindo seu modelo que ela mesmo criou nos quadrinhos por Stan Lee nos anos 60. Peças em jogo, está tudo pronto para Os Vingadores, nossa próxima resenha.

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