Minha Maratona Marvel
Vingadores
3 chegando, portanto, me desafiei a assistir os dezoito filmes da Marvel que
antecedem os Vingadores. Toda terça e quinta está marcado para eu assistir um
deles. Me propus também a analisar e fazer uma review de cada um dos filmes aqui
no blog. Mas para analisar Homem de Ferro
(Jon Frevau, 2008), precisamos rever tudo o que levou ao surgimento do
estúdio e o surgimento de seu universo cinematográfico.
Uma
Introdução introdutória redundantemente introduzida
Antes de
falar de Marvel, vou falar de outro estúdio: A Pixar. Divisão de desenhos
animados por computação gráfica da Disney, inicialmente a Pixar era uma divisão
de efeitos especiais da Lucasfilm. Em 1986 Steve Jobs (aquele da Apple) comprou
a Pixar para desenvolver computadores. Então John Lasseter, um dos empregados
da empresa, produzia curtas animados para mostrar a capacidade do computador.
Esse pequeno hobbie de animação em
computador foi rendendo frutos para a empresa que decidiu criar o primeiro
longa animado por computador: Toy Story
(John Lasseter – 1995). Para a divulgação, marketing e distribuição do
filme, a Pixar fecha um acordo de dez anos com a Disney. Ao fim desse acordo,
vários estúdios se interessaram em fechar parceria com a Pixar, porém a Disney
não queria perder a sua maior fonte de renda. Essa etapa da história se encerra
com a compra da Pixar pela própria Disney, que tornando John Lasseter o
presidente do setor de animações da empresa.
O
interessante é que essa compra não interferiu no método de criação da Pixar,
pelo contrário, John Lasseter implanta a maneira Pixar de trabalhar nos outros setores da empresa. Dando prioridade
à equipe criativa e reuniões com a equipe de roteiristas juntos, com todos
podendo opinar e acrescentar no trabalho do outro.
Com esse
cuidado criativo, a Pixar e a Disney produzem mais filmes de qualidade, no meio
de tantos lançamentos da segunda década de 2000, onde os grandes estúdios
priorizavam os efeitos especiais e deixava de lado a qualidade de roteiro.
O Plano
Marvel de dominação mundial
Desde os
anos 2000, com a estreia do filme X-Men
(Bryan Singer – 2000), o segmento de “filmes de super-herói” se mostra um
investimento lucrativo dentro de Hollywood e a Marvel colabora na produção dos
filmes que veriam a seguir. Com o sucesso de bilheteria e marketing do filme Homem-Aranha (Sam Raimi – 2002), a Marvel
recupera todo o seu capital investido nessas produções e decide produzir filmes
dos personagens que ainda pertenciam ao seu espólio cinematográfico.
Avi
Arad, produtor que levou os primeiros filmes da Marvel ao cinema e consequentemente
ao sucesso, ajuda a empresa a criar um plano para seus filmes menores. Porém um
executivo júnior da empresa, Kevin Feige, sugere criar um universo de filmes
conectados assim como Stan Lee e Jack Kirby tinham feito com a Marvel nos
quadrinhos no seu surgimento e apogeu nos anos 1960. Arad não concorda com a
ideia e se afasta das produções dos filmes, então Kevin traça seu plano:
realizar um filme solo de Homem de Ferro, Capitão América e Thor e depois
uni-los num filme dos Vingadores.
Essa
aposta louca começou em 2008 com o lançamento de Homem de Ferro (Jon Fraveu – 2008). A direção de Jon Frevau e o
carisma de Robert Downey Jr. faz com que o filme seja um sucesso e afirma para
os executivos que a ideia de Feige poderia realmente ser um sucesso.
Porém,
em setembro de 2009, a Disney compra a Marvel que apesar de pegar a indústria
de surpresa, ela segue a lição que ela aprendeu com a Pixar e deixa a Marvel
seguir os planos dela para a produção de filmes. Com um investimento maior e
tendo um controle criativo de seus filmes, a Marvel estabelece seu universo
cinematográfico provando ser um grande negócio e se tornando um dos estúdios
mais rentáveis de Hollywood atualmente e quebrando marcas, fazendo com que a
Disney se torne o maior estúdio da década e caminhe para nos anos vindouros
acabar adquirindo também a LucasFilm e recentemente, a Fox.
E tudo
começou com um Homem de Ferro.
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