No Final, nada mais importa
Um
blog é em suma, um diário, um relato de nossos dias.
Manter
esse blog é um desafio para mim enorme, pois toca em duas coisas que eu tenho
extrema dificuldade:
1º
é ser regrado e ter uma rotina. Mudo de ideia constantemente sobre o que vou
fazer logo em seguida. Para que planos se há alternativas?
2º
é escrever. Nunca parei para pensar o quanto eu estava enferrujado. Até digitar
dói um pouco os dedos, eu estava muito desacostumado com isso. Aquele garoto
que aos quinze escrevia poesia, escutava músicas de druidas e jogava RPG se
aposentou faz alguns anos, só não sei quando. Sim, estou envelhecendo.
Engraçado
que percebo isso ao ver algumas ondas de nostalgias que me assolam igual eu via
que assolavam meus irmãos mais velhos anos atrás. Não a nostalgia forçada e
recente que vemos no Canal Nostalgia
do Felipe Castanhari. Mas um sentimento de que aquilo acabou e não vai ser a
mesma coisa.
Um
dos impactos recentes que recebi desse sentimento foi assistindo a série
Stranger Things. Ao ver os garotos jogando RPG de mesa eu me lembrei certinho
do mesmo sentimento quando há quinze anos atrás eu e meus amigos sentávamos na
calçada em frente à uma igreja evangélica ao lado da loja de videogames do pai
de um deles para jogar RPG (onde atualmente é a Planeta Ferramentas).
Um
segundo momento assim foi na terça, onde desenterrei uma caixa com CDs e DVDs
de backups antigos do meu computador antigo: Saves de jogos que não concluirei,
diversos textos digitados no Word que não vou mais mexer. Lista enorme de
filmes que está há sete anos desatualizada. Músicas que não preciso mais, pois
posso ouvir no YouTube. Fotos que vou apagar, pois não me traz nem recordação e
nem sentimentos. CDs de PSOne que não tenho mais tempo e vontade de jogar.
Filmes piratas que já comprei a versão original deles. Orçamentos para
trabalhos de escola e do grupo de jovens que aconteceu numa Tatuí antes da
recessão econômica. Ao fim eu joguei fora SETENTA discos entre CDs e DVDs que
não necessitarei mais.
Por
fim, a nostalgia tomou conta novamente na quinta-feira, com o suicídio de Chester
Bennington, vocalista do Linkin Park. Coincidentemente logo após eu escutar o meu primeiro CD
com a seleção de músicas que meu primo fez para mim em 2005. Foi com Linkin que
aprendi a gostar de Rock. In the End foi uma das primeiras músicas em inglês
que eu decorei (apesar de hoje já não me recordar tanto dela).
Chester
foi a voz da minha geração. Opa, melhor não exagerar, pois um sentimento de
comoção como esse claro que elevará ele ao status quo de deus do rock. Não é
bem assim. Red Hot Chili Peppers, Nickelback, System of a Down, Green Day,
Gorilazz também tem seu espaço.
Mas
a voz de Chester era incomparável, passava um sentimento de tristeza e
descrença muito fortes. Sempre sentia toda a emoção que ele colocava em cada
nota quando ele iniciava o verso: “I've put my trust in you...” na música In the end.
Com
vários sucessos como Numb e Breaking the Rabbit (aquele videoclipe com arte de
anime era muito f...). In the End sempre fará parte daquela seleção de dezoito músicas que o Repre (que ainda não era o Gui Leme) ouvia em seu quarto
num PC com Windows 95 lá no longínquo ano de 2005.
Chester in memoriam |
Minha playlist
Por curiosidade, essas são as músicas da playlist que eu montei em 2005:
Por curiosidade, essas são as músicas da playlist que eu montei em 2005:
Tears of Dragon (live in São
Paulo) – Bruce Dickinson
In the End – Linkin Park
Não Sei Viver Sem Ter
Você – CPM 22
Fairy Tale – Shaman
(tive a oportunidade de ter aula na faculdade com o baixista da banda)
Bohemian Rhapsody – Queen
Californication – Red Hot
Chili Peppers
Dias Atrás – CPM22
Blitzkrieg Bop (Hey Ho
Let’s Go) – The Ramones
Eu Quero Sempre Mais –
Ira! feat. Pitty (pude entrevistar o Nazi em 2012 no meu primeiro ano de
estágio na Crtv)
It’s My Life – Bon Jovi
Natasha – Capital Inicial
Quando o Sol se for –
Detonautas
I’ll Be There for You – The
Rembrandts (sim, a abertura de Friends)
All Star – Smash Mouth
(credo, hoje não colocaria essa música numa playlist)
Smells Like Teen Spirit –
Nirvana
Sweet Child O' Mine – Guns
N' Roses
Te Levar – Charlie Brown
Jr. (a eterna melhor abertura de Malhação)
Tarde de Outubro – CPM22
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