Os 5 Filmes da Minha Vida (+1 de bônus)


Um dia, eu e meus amigos fomos assistir filme. Após muito debate (e um surto por um controle remoto desaparecido) decidimos assistir Forrest Gump, que era o filme preferido de um dos meus amigos.

Falei que era um dos melhores filmes para mim (tanto que estava no meu Top25), mas não entrava nos meus preferidos. Eis que veio a pergunta fatídica: “Qual é o seu filme preferido então?”

O Dilema de todo Cinéfilo: Escolher o seu preferido. É igual filho, todos você ama por igual, só que cada um você tem um sentimento especial e único. Então dei uma resposta que me satisfaz sempre: “Eu tenho 5 filmes preferidos”. Essa lista de cinco filmes é imutável, são realmente os meus 5 filmes preferidos da minha vida inteira e que me marcou profundamente. Amo assistir e re-assistir centenas de vezes.

Após me redimir apresentando os 25 mais importantes, eu lhes apresento a minha lista dos meus 5 filmes preferidos (sem ordem de preferência). Portanto segue a lista:


ATENÇÃO, ESSA LISTA NÃO TEM UMA ORDEM DE PREFERÊNCIA
DESSA VEZ EU POSTAREI ELES EM ORDEM DE LANÇAMENTO


O Poderoso Chefão - Trilogia (The Godfather)
Diretor: Francis Ford Coppola / Ano: 1972-1974-1990
Roteiro: Mario Puzo, Francis Ford Coppola

A primeira vez que assisti: Em 2007 numa aula de Geografia no Ensino Médio, a professora tentou passar na sala de aula o filme. A experiência foi um fiasco e menos de uma hora de filme, ela desligou a TV e encerrou a atividade. Mas as poucas cenas que vi despertou o meu interesse e dias após aluguei o filme. Sendo sincero, a primeira vez que assisti, foi um filme um pouco lento de digerir.

Acostumado a filmes de ação que imperavam nos anos 90 e 2000, a filme que conta a saga da Família Corleone dita um ritmo mais lento. Assim como grandes clássicos da literatura que utilizam mais de mil páginas para contar sua história apresentando dezenas de personagens que vão se cruzar no meio do caminho, "O Poderoso Chefão" faz o mesmo com o cinema. É uma obra-prima que leva seu próprio tempo para contar a história.

Minha irmã comprou a trilogia de uma locadora de uma amiga que fechou, portando, aproveitei para revisitar o filme diversas vezes para compreendê-lo e criar essa relação com ele. Então aproveitei para assistir a segunda parte logo após. Anos depois comprei o box em Bluray e assisti a terceira.

Sobre o que é o filme: A trilogia conta a grande saga da família Corleone na América. O primeiro filme de 1972 mostra Don Vito Corleone (Marlon Brando) no auge do seu poder e sua relação como o grande chefe da máfia italiana de Nova York e sua relação com seus três filhos: Fredo, Santino e Michael. A história começa com o casamento da filha caçula de Vito: Connie. A primeira vez que assistimos, é até mesmo aleatório o fato de um grande filme sobre a máfia começar com um casamento tradicional (e deveras monótono, pois não acontece nada de relevante nele). Mas é justamente nas relações dos personagens que inicia a história principal e durante a última cena de assassinato do filme, você entende que toda a guerra da mafia italiana que vai acontecer começou justamente durante esse casamento.

Outro fator interessante é que em menos de uma hora já temos uma atentado à vida de Don Corleone e essa reviravolta na história traz à tona um dos grandes conflitos do enredo: quem pode substituir Don Vito Corleone? Nesse momento, o filho mais novo Michael (Al Pacino) passa a ter destaque na história e passamos a ver a transformação dele no novo Poderoso Chefão, tornado-se o real protagonista da história.

O segundo filme de 1974, eleva a experiência de assistir ao Poderoso Chefão ao trazer ao mesmo tempo duas histórias. Temos a continuação da história de Michael Corleone, agora comandando a máfia na Costa Oeste americana. Então o filme faz algo que é muito comum hoje (especialmente em séries), mostra paralelamente em flashbacks o passado, quando Don Vito Corleone (Robert DeNiro) chega aos Estados Unidos e sua história até se tornar o grande chefe da máfia.

A última parte, de 1990, mostra as consequências da vida que Michael levou ao assumir o legado da família. Mesmo sendo mais fraco que os filmes anteriores, nesse último, vemos como o filho sofre pelas atitudes da vida de seu pai e como Michael sempre teve perante si o dilema de seguir os passos dele ou rejeitar essa vida de mafioso.

Porque é meu filme preferido: Michael Corleone. É justamente sua história que me fascina na obra. Michael rejeita veementemente o fato da família ser mafiosa, até o momento que ele tem que se transformar para salvar a vida do pai e todo o legado que ele construiu. Tanto que o primeiro filme é meu predileto pois temos o Michael deixando de ser um jovem idealista e sua trajetória até alcançar o patamar de Poderoso Chefão.

Assim eu pensava, porém hoje um pouco mais velho, vejo que os outros dois filmes são essenciais também para acompanharmos a queda e consequência de tudo o que Vito e Michael realizam. Afinal, quais escolhas o Michael tem que fazer ao ter um poder quase divino perante toda a organização do submundo do crime americano?

Além de todo o subtexto. Encontramos no primeiro filme, uma obra-prima. Um filme perfeito tanto em fotografia, trilha sonora, roteiro, figurino e atuações. O elenco é impecável: Marlon Brando, Al Pacino, Diane Keaton, Robert Duvall, Robert DeNiro, Talia Shire e Andy Garcia, entre tantos outros que passam pela trilogia. Cada cena é carregada com uma atuação dramática que faz com que nos prendemos a cada frase dita pelos personagens.

Por fim, amo o final do primeiro filme, onde Kay Addams, esposa de Michael, está na sala de jantar e vê o marido recebendo seus "clientes" em seu escritório. Ela percebe ali que o marido tornou-se o temido Padrinho da máfia, mesmo lutando por anos para renegar esse futuro. Então vem um capanga que fecha a porta do escritório, separando a vida de Michael e de Kay: a vida com a máfia e a vida com a família.

Devoted Reylo is Canon! — Godfather 1 and The Last Jedi
Cena final de O Poderoso Chefão

Poderoso Chefão é sempre minha primeira recomendação quando alguém quer sair do patamar do cinema atual norte-americano e quer entrar no mundo dos filmes "clássicos".

Trailer oficial


O Clube dos Cinco (The Breakfast Club)
Diretor: John Hughes / Ano: 1985
Roteiro: John Hughes

A primeira vez que assisti: Do meu TOP5, esse foi o último que eu assisti. Foi em 2010, logo após eu entrar na faculdade. Como já relatei, anos antes eu comprei Curtindo a Vida Adoidado e o assisti diversas vezes. Então minha irmã recomendava muito Clube dos Cinco que era do mesmo autor.

No Oscar de 2010, aconteceu um tributo ao diretor, onde atores consagrados pelos filmes dele participaram da homenagem que contou com cenas dos filmes de Hughes. Então fui atrás e assisti "Gatinhas e Gatões" e "O Clube...".

A minha paixão e devoção por Clube dos Cinco foi imediata. Muito relacionada ao fato de trabalhar muito com jovens na igreja. Claramente o filme me remetia a problemas semelhantes que eu encontrava nos meus trabalhos com a juventude, além de que, Clube atesta algo que eu sempre defendi: o jovem deve ser levado à sério.

Sobre o que é o filme: No sábado de 24 de março de 1984, cinco adolescentes vão até a escola ficar de detenção como castigo devido a delitos cometidos dias antes: o nerd (Anthony Michael Hall), o atleta (Emilio Estevez), a maluca (Ally Sheedy), a patricinha (Molly Ringwald) e o criminoso (Judd Nelson). Também temos o diretor e o zelador da escola, ambos ali tendo que passar seu tempo enquanto os cinco estudantes ficam de castigo.

Aos poucos, o filme mostra o quanto o diretor não se importa com os cinco alunos e como eles também rejeitam uns aos outros devidos à suas diferenças. Para sobreviver à esse dia monótono, eles acabam deixando as diferenças de lado e nesse momento o roteiro vai expondo a personalidade, a história e os delitos que cada um cometeu e os levou até ali.

Porque é meu filme preferido: O filme mostra o quanto devemos levar os jovens a sério. Na igreja eu aprendi muito isso, pois tive que trabalhar com uma centena de jovens (boa parte deles são amigos que permanecem até hoje) que por trás de todo o esteriótipo e imagem que eles criavam, havia um ser humano clamando para que alguém os escutasse (sendo divino ou humano).

Clube também mostra que as expectativas que os pais/adultos colocam nos jovens muitas vezes não são correspondidas e isso traz consequências diversas para essas pessoas que estão numa fase da vida pautada por escolhas. Cada um dos cinco personagens traz de sua casa uma história cheia de pressão ou descaso. Ao chegar na escola, o que permanece é o esteriótipo (afinal, são o nerd, atleta, patricinha, maluca e o criminoso) e um ambiente tóxico cheio de julgamento e bullyng, que poderia ser resolvido através da empatia, afinal, um não conhece a bagagem que o outro já traz de sua casa.

Por isso John Hughes é genial, ele escreve sua High School Trilogy com "Gatinhas e Gatões (Sixteen Clandles)", mostrando o início da adolescência e do ensino médio; enquanto "Curtindo a Vida Adoidado (Ferris Bueller's Day Off)", mostrando o conflito da formatura e fim da educação escolar. Porém sua obra-prima é O Clube dos Cinco, uma história que se passa durante o ensino-médio e com um texto utilizado para se aprofundar nas camadas que há nesses personagens.

Homenagem do Oscar para John Hughes

Diferente de tantos outros filmes sobre adolescentes que vieram antes e na mesma época, John Hughes traz consigo a sensibilidade de dar voz à eles, não deixando de dar emoção, porém, sem resumir eles à excesso de sensibilidade. O choro vem, mas não por birra ou por hormônios da idade, mas porque eles são humanos e choram, tem problemas reais, tem sentimentos reais, eles são pessoas reais.

Quando adolescente, eu queria ser levado à sério. Como líder de jovens, integrante de movimento de igreja como o Emaús e como um educador (mesmo em processo de formação) o meu propósito sempre foi levar o jovem a sério e os filmes de Hughes fazem exatamente isso.

Trailer do filme



Conta Comigo (Stand by Me)
Diretor: Rob Reiner / Ano: 1986
Roteiro: Bruce A. Evans, Raynold Gideon baseado no livro de Stephen King

A primeira vez que assisti: Conta Comigo assisti na minha infância na Sessão da Tarde e foi muito marcante. Não é o típico filme que tenho uma lembrança exata de quando o assisti, mas me recordo das diversas vezes que vi e ele sempre me tocava muito.

Passou a adolescência e chegou a fase adulta. Quando entrei nos meus vinte anos, vivi a fase onde os amigos eram tudo para mim e qualquer pessoa que conhecia, aos poucos vinha consigo a promessa de amizade eterna. Por isso Conta Comigo era o filme que para mim era a pura referência de amizade e de infância.

Sobre o que é o filme: O grande autor Stephen King escreveu o livro "Quatro Estações" que continha quatro histórias que se passavam em diferentes estações do ano. A história do outono "O Corpo" é de onde foi adaptado o filme Conta Comigo.

Conta a história de quatro garotos do interior do Oregon que ouvem a história de que um garoto desaparecido foi na realidade atropelado por um trem e seu corpo está jogado no meio da floresta próxima da cidade onde vivem.

Os quatro fogem de casa para achar o corpo do menino para retornarem famosos na cidade por encontrar um corpo que a polícia está há dias procurando. Enquanto isso, uma gangue de jovens arruaceiros da cidade também parte atrás do corpo e começa uma corrida para ver quem vai achá-lo primeiro.

Porque é meu filme preferido: Eu analisei Conta Comigo na aula de roteiro da faculdade para exemplificar a Jornada do Herói. Afinal, o filme é marcado por essa transformação que os quatro meninos tem ao sair de casa atrás do corpo. É a velha máxima de "eles saem como meninos e retornam como homens".

Assim como Clube dos Cinco, uma das coisas que admiro em Conta Comigo é como ele leva esses meninos que estão na puberdade a sério. Eles estão deixando para trás a inocência da infância e iniciando os questionamentos que surgem na adolescência.

Stephen King e o roteiro abordam de maneira muito eficiente e com delicadeza o fato do protagonista Gordie (interpretado por Will Wheaton, o mesmo que é o arquirival do Sheldon em The Big Bang Theory) viver à sombra do "irmão-perfeito" que atendeu todas as expectativas do pai, mas acabou morrendo num acidente de carro. Não tem como não se sentir tocado por sua história e em como ele busca nos amigos uma aceitação que não vem da própria família.

Essa busca por ser aceito é o mote da história de Chris Chambers (River Phoenix), um menino delinquente que depois descobrimos que foi injustamente acusado por um roubo cometido por sua professora que o incriminou. Porém, por ter uma família desajustada, todos da cidade o enxerga como uma causa perdida, menos os três amigos que o aceitam como um igual (e até mesmo um líder).

Conta Comigo sempre me emociona e Gordie lembra muito a mim quando criança. A cereja do bolo é a música tema Stand By Me (de Ben E. King) que consegue derrubar qualquer um.

Trailer do filme

Música tema do filme "Stand by Me"




O Senhor dos Anéis Trilogia (The Lord of the Rings)
Diretor: Peter Jackson / Ano: 2001-2002-2003
Roteiro: Peter Jackson, Fran Walsh, Philippa Boyens baseado no livro de J.R.R. Tolkien

A primeira vez que assisti: Já relatei anteriormente aqui como foi minha jornada com Senhor dos Anéis. Então vou resumir.

Assisti A Sociedade do Anel em 2002 quando meu irmão alugou dias após ele comprar o primeiro aparelho de DVD de casa. Ele alugou junto Shrek. Assisti a ambos e Sociedade do Anel acabou me decepcionando devido a seu final "inacabado".

Meses depois, minha irmã alugou em VHS (aquela caixa com duas fitas juntas) e junto com ela eu entendi melhor a história. Fiquei ansioso para assistir a continuação "As Duas Torres" que só lançou em VHS no final de 2002. Aluguei diversas vezes e fui aprendendo tudo sobre a saga.

Então no natal de 2003 eu fui até o cinema assistir "O Retorno do Rei" na experiência cinematográfica mais importante de minha infância. Senhor dos Anéis abriu as portas para todo o universo do cinema (afinal, foi a partir dele que comecei a comprar a Revista SET) que para mim se resumia a desenhos da Disney e comédias da Sessão da Tarde.

Sobre o que é o filme: A trilogia conta o relato da Guerra do Anel. Frodo (Elijah Wood) é um hobbit que herda de seu tio Bilbo o Um Anel, que pertence a Sauron, o senhor do Escuro. Ninguém sabe como um artefato de magia negra tão poderoso acabou caindo das mãos de um ser tão inocente como Frodo.

À partir disso, cabe a ele partir em jornada para destruir o Anel antes que Sauron o recupere. Surge então a Sociedade do Anel, uma comitiva formada por nove membros, incluindo Frodo, que rumam à Montanha da Perdição onde o Anel pode ser destruído.

Porque é meu filme preferido: Senhor dos Anéis acima de tudo me apresentou o cinema como uma forma de arte e tecnologia. Foi com ele que comecei a me interessar mais no ofício do cinema e explorar outros filmes. Comecei a colecionar revistas de cinema e dessa forma assistir outras obras além do comum para minha idade até então.

Outra coisa que me cativa no filme são os cenários. A reconstrução da Terra Média é muito real graças a todo empenho de Peter Jackson e a empresa WETA em transformar a Nova Zelândia naquele mundo de fantasia.

Por fim, a amizade de Frodo e seus amigos e sua jornada para destruir o anel é algo que me marcou muito também. Ao fim do primeiro filme, o protagonista ruma sozinho com Sam (Sean Astin) para Mordor enquanto os demais personagens seguem para outros lugares lutar na guerra que se forma. Mesmo assim, o filme não perde sua força. Aragorn (Viggo Mortensen), Gandalf (Sir Ian McKellen), Legolas (Orlando Bloom), Gimli (Jhon Rhys-Davies), Merry (Dominic Monaghan) e Pippin (Billy Boyd) continuam suas histórias ao rumar para os reinos de Rohan e Gondor. Justamente aqui temos um dos grandes temas da trilogia, que mesmo a menor das pessoas podem fazer diferença no mundo.

Trailer do filme


Kill Bill Vol. 1 / Kill Bill Vol. 2
Diretor: Quentin Tarantino / Ano: 2003-2004
Roteiro: Quetin Tarantino, baseado numa idéia de Q e U

A primeira vez que assisti: Após O Retorno do Rei, comecei a comprar revistas de cinema. Em março de 2004 saiu numa revista a matéria sobre Kill Bill vol. 1 que estava sendo lançado nos cinemas do Brasil com atraso de um ano.

Depois de ler sobre o filme, eu aluguei assim que saiu na locadora. O mesmo ocorreu com o volume 2. Com o tempo, fui assistindo mais vezes após meus amigos de escola também descobrirem o filme. Ficávamos horas debatendo sobre a obra, citando falas do filme e ouvindo a trilha sonora.

Sobre o que é o filme: Conta a história da misteriosa "Noiva" (Uma Thurman) grávida que no dia de seu casamento, é atacada por uma gangue de assassinos e seu chefe, Bill. Ela sobrevive ao ataque e após anos em coma, ela desperta e está pronta para se vingar daqueles que atentaram contra sua vida e a fizeram perder o bebê que ela esperava.

O-Ren Ishii "Boca de Algodão" (Lucy Liu), Vernita Green "Cabeça de Cobre" (Vivica A. Fox), Budd "Cascavel" (Michael Madsen), Elle Driver "Cobra Californiana" (Daryl Hannah) e Bill (David Carradine). Esses são os membros da lista vingativa da Noiva, conhecida como Mamba Negra (todos tem codinomes de cobra).

Porque é meu filme preferido: Marcou minha adolescência justamente pelos motivos citados acima. Eu também amo amigos e mangás e Quentin Tarantino se joga nesse mundo ao criar Kill Bill. Muitos não consideram como o melhor filme do diretor, porém para mim é ele no auge de sua forma e técnica. Ele une o máximo de referências possíveis do que ele gosta e nesse mosaico sai os dois filmes.

Interessante saber que era para ser um único filme, mas Tarantino produziu tanto material que ele achou por bem dividir o filme em dois. Então ele quebra o filme em dez capítulos e divide cinco para cada um dos volumes, porém, sem deixar em ordem cronológica. Portanto para entender o filme como um todo, somos obrigados a assistir as duas partes. Essa dualidade é como se os filmes fosse um Ying/Yang, Oriente/Ocidente. Os filmes são opostos e complementares. Na primeira parte temos a explosão Pop do Vol.1, com cenas de anime, trilha sonora surtadíssima, muita ação e litros de sangue. Na segunda parte um filme mais contido e verborrágico, na metade da história há uma pausa para nos contar o passado da noiva e o filme desacelera. Nesse momento somos apresentados a Pai-Mei, o mestre das artes marciais que foi o tutor da Noiva, então mesmo diminuindo o ritmo, Pai-Mei prende tanto a nossa atenção que é impossível desgrudar o olho do filme.

Toda a construção que Tarantino faz me prende quando vejo essa obra e me inspira como um amante da sétima arte. Kill Bill é uma aula de cinema atual e é um ótimo meio para aqueles que querem começar a ver o Cinema além dos blockbusters e do usual de Hollywood.

Trailer do Filme

FILME BÔNUS


Mad Max: Estrada da Fúria (Mad Max: Fury Road)
Diretor: George Miller / Ano: 2015
Roteiro: George Miller, Brendan McCarthy e Nico Lathouris

A primeira vez que assisti: De toda a lista dos 25, esse foi o último, assisti no final do ano passado.

Sobre o que é o filme: Max (Tom Hardy) é um viajante num mundo pós-apocaliptíco que é capturado pela seita de Immortan Joe. Nessa seita, as mulheres mais novas são trancadas num cofre com o único propósito de satisfazer sexualmente Joe e gerar seus filhos.

Um dia, Furiosa (Charlize Theron) consegue fugir com as moças numa máquina de guerra e seu caminho acaba cruzando com o de Max e ambos se unem para fugir de Immortan Joe.

Porque é meu filme Bônus: Com falei lá no primeiro parágrafo, o meu TOP5 é imutável. Até assistir esse filme. Ele contém várias coisas que eu encontro em Senhor dos Anéis e Kill Bill.

Mad Max é um Blockbuster que faz algo que eu prezo e que não existe muito nesse meio: Pensar. Nunca imaginaríamos que um filme de ação falaria tanto sobre feminismo e daria voz à protagonista, deixando-a acima do protagonista-homem da história.

Além de todo o subtexto sobre facismo, meio-ambiente, velho-oeste, pobreza e um povo com poucas esperanças. Chorei muito com a última cena do filme (estamos falando de um filme de ação) e passei dias pensando na obra como um todo. Portanto, Mad Max deixa uma marca em mim e abalou o que penso em ter cinco filmes preferidos. Será que agora serão 6?

Mas o exercício de gostar de cinema faz com que aprendemos a deixar o filme maturar em nossas mentes e corações. Terei que assistir mais vezes nos próximos anos e ver se recebo o mesmo impacto da primeira vez que assisti o que assuma o filme como obra-prima do mesmo modo que fiz isso da primeira vez. Quando assisti Vingadores Ultimato eu também pensei em acrescentar ele no meu TOP 5, mas o tempo já me mostrou que ele é um filme bom, mas não me marca da mesma forma que os outros dessa lista. Mad Max sobreviverá ao teste do tempo? Uma coisa eu sei, que a especialidade de Max é justamente essa: sobreviver. Volte no futuro e eu direi se ele entrou nessa lista dos meus Melhores Filmes.

Trailer do Filme


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