Os 25 Filmes da Minha Vida (Parte 1)
Se há uma coisa que é consenso e desacordo entre cinéfilos são Listas.
É consenso entre todos os cinéfilos que amamos fazer lista de filmes. Existe um prazer não explicado em ordenar e ranquear filmes, apesar de ser contraditório querer quantificar arte através de números (você consegue ranquear obras de arte num museu?).
Porém listas geram um desacordo muito grande. Tenho o livro "1001 filmes para assistir antes de morrer" e é incrível que mesmo em 1001 filmes, ainda existam aqueles que não entram numa lista e nos faça reclamar. Todos os youtubers cinéfilos também dizem que quando fazem listas, que essa é somente a opinião deles, que não é definitivo, pois a arte é subjetiva.
A escolha de um filme para fazer parte da vida de alguém, vai além do fato de ser melhor ou pior. Eles são muito envolvidos com o fato de sua maneira que você se relacionou com o filme. Fatores como época que você assistiu, seu emocional naquele dia, sua maturidade, nostalgia, gosto, até mesmo local e ocasião, interferem na maneira que você enxerga aquela obra. Essas questões são levantadas pelas Teorias do Cinema, um ramo do estudo cinematográfico que leva em conta justamente a relação do homem com a sétima arte. Não vou entrar no mérito de falar sobre isso hoje, mas trago esse fato a tona para esclarecer que esses são os meus 25 filmes preferidos, mas não necessariamente o 25 melhores filmes que já assisti (por exemplo, A Pedra Filosofal não é o melhor Harry Potter, mas é o que coloco hoje nessa lista).
Dito e esclarecido tudo, vamos lá, nessa primeira parte vou lhes contar vinte dos meus 25 Filmes da Minha Vida (posição 25 a 6).
25 - O Parque dos Dinossauros (Jurassic Park)
Diretor: Steven Spielberg / Ano: 1993
Roteiro: Michael Crichton, David Koepp
Minha primeira lembrança com esse filme é a fita VHS no formato de um fóssil de dinossauro que meu irmão alugava na locadora quando eu era criança. Porém, quando eu tinha uns sete anos, foi a primeira vez que assisti ao filme. Era um sábado de madrugada e por algum motivo, eu dormi na sala de casa com minha mãe, porque haviam parentes dormindo em casa naquele final de semana. Passou na tv aberta e assisti inteiro pela primeira vez. Aquela cena das crianças fugindo dos Velociraptors na cozinha do parque me marcou eternamente, mas é a música que permanece no meu coração. Minha grande felicidade é ouvir hoje em dia o Enzo cantarolando essa mesma música do mago John Williams da qual eu amo desde minha infância.
24 - Harry Potter e a Pedra Filosofal (Harry Potter and the Philosopher's Stone)
Diretor: Chris Columbus / Ano: 2001
Roteiro: Steve Kloves
A saga Harry Potter é um grande representante da minha infância e adolescência. Com certeza foi o filme que mais me aproximou de pessoas. Fiz amizades através de Harry Potter que levo para minha vida inteira. Apesar dos primeiros filmes apresentarem hoje seus primeiros sinais de envelhecimento. Os oito filmes funcionam como um todo. Em termos de qualidade, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (Alfonso Cuaron - 2004) era o filme que eu menos gostava da franquia por não ser fiel ao livro, porém hoje tornou-se o melhor de todos para mim (é a maturidade cinematográfica me atingindo). Mas para essa lista, o grande representante é o primeiro filme, pois a Pedra Filosofal traz consigo aquela magia de descobrir o mundo mágico junto com o Harry. Como não se emocionar ao avistar Hogwarts pela primeira vez?
Obs: Chris Columbus é um dos dois discípulos de Steven Spielberg que vão aparecer na minha lista.
23 - A Lista de Schindler (The Schindler's List)
Diretor: Steven Spielberg / Ano: 1993
Roteiro: Steven Zaillian
Interessante notar como Steven Spielberg e John Williams aparece de maneira recorrente no meu top25. Porém Lista de Schindler é o filme do Spielberg que entra de maneira mais tardia na lista. Assisti ele em 2012, num final de semana qualquer. A intenção era assistir porque na época da faculdade eu me voltei muito para os clássicos. Eu imaginei que iria me ater muito a parte técnica do filme devido aos estudos. Mas me entreguei a história e o filme foi arrebatador. Fiquei quase uma hora chorando após o filme terminar, portanto, a cena que coloco aqui é justamente a que mais me emocionou que é a do final (e não a cena da menina de vermelho).
22 - Cantando na Chuva (Singin' in the Rain)
Diretor: Gene Kelly & Stanley Donen / Ano: 1952
Roteiro: Betty Comden, Adolph Green
"Du Du Du Du Du Du Du Du Du Du... I'm singing in the rain" ♪
Esse foi o primeiro filme que assisti devido à faculdade. Eu já tinha uma predileção por musicais, mas assistir e dissecar esse filme nas aulas de cultura cinematográfica marca o início de um momento muito especial de minha vida. Tanto que homenageamos o filme em um curta da faculdade. É um dos principais clássicos que recomendo para quem quer explorar os grandes clássicos do cinema.
21 - Cidade de Deus
Diretor: Fernando Meirelles / Ano: 2002
Roteiro: Bráulio Mantovani
Cidade de Deus é um filme parecido com um vinho, melhora o gosto quanto mais tempo se passa. Assisti ao filme quando criança logo após sair na locadora. Era uma história chocante, mas naquele momento, o filme pode ter passado batido por mim após assistir. Foi ao longo dos anos e dos meus estudos, que eu vi o quanto o filme carrega consigo todo o potencial da arte cinematográfica. A edição, trilha-sonora, atuações, direção, tudo converge para uma obra-prima. É um filme com relevância social? Sim. É um filme que retrata as mazelas e a dura crueldade do nosso país e das favelas? Sim. Mas ela vai além do discurso pelo discurso, pois costumamos ver muitas obras que apelam para a fórmula "favela-violência-tráfego-pobre oprimido-polícia". Porém em Cidade de Deus, a história se sobressai, um conto moderno e atemporal que nos carrega por completo pelas 2 horas e 15 de projeção. Desde a primeira cena da perseguição da Galinha, nos entregamos para a história de Zé Pequeno e Buscapé.
20 - Curtindo a Vida Adoidado (Ferris Bueller's Day Off)
Diretor: John Hughes / Ano: 1986
Roteiro: John Hughes
Comprei Curtindo a Vida Adoidado num saldão na internet por volta de 2007/2008. Clássico da Sessão da Tarde, porém eu nunca havia assistido, mas sabia de sua fama e por isso arrisquei a compra. É difícil explicar como uma comédia "boba" como essa fascina tanto. A explicação mais plausível é falando do diretor John Hughes. Em meio a uma enxurrada de filmes adolescentes no anos 80, Hughes traz um olhar sensível à eles como se perguntasse ao jovem "o que você está sentindo?". Curtindo a vida... assim como outros filmes do diretor (spoiler, tem mais Hughes nessa lista) traz tudo aquilo que costumamos ver nessas comédias, mas eleva a um novo patamar ao colocar sentimento nessas histórias. Os diretores dos filmes juvenis dos anos 80 inseriam muito romance nos filmes, com o olhar que esse é o único sentimento existente nesses jovens devido aos hormônios sexuais. Hughes vai além e coloca outras camadas em seus personagens, como questionamentos (faço o que quero ou faço o que meus pais mandam?), psicologia (projeção, introspecção, idealização, atuação, entre outros) e sentimentos (raiva, ódio, passividade, pena e até mesmo ironia). Você consegue enxergar tudo isso em curtindo a vida adoidado? Não? É porque além disso, Hughes entrega uma comédia hilária conduzida com maestria pela atuação de Matthew Broderick.
19 - Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (Eternal Sunshine of the Spotless Mind)
Diretor: Michel Gondry / Ano: 2004
Roteiro: Charlie Kaufman
O Show de Truman é o filme que traz a melhor atuação de Jim Carrey, que mostra em como ele sai facilmente do esteriótipo do comediante caricato e transforma-se em um ator dramático. Porém, em Brilho Eterno... ele consegue se despir totalmente da comédia e temos um ator livre para ser alguém mais "real", mesmo num roteiro "absurdo". A história do filme é surreal e fascinante: Jim Carrey é Joel Barrish, um cara que termina seu relacionamento com Clementine (Kate Winslet) e participa de um experimento psicológico onde ele apaga toda a memória que ele teve dela de sua mente. Eis a grande reviravolta do filme: Clementine também apaga Joel de suas memórias, porém os dois se reencontram e acabam se "apaixonando" um pelo outro, sem saber que já foram namorados.
Agora, após as devidas explicações, Brilho Eterno é um filme que me marca, pois, na minha adolescência, um dos gêneros que eu mais assisti foi comédia romântica através do intermédio de minha irmã, que é uma colecionadora desses filmes. Após assistir vários filmes desse tipo, Brilho Eterno subverte a fórmula. Ele traz um olhar para a mente humana e como nossos comportamentos racionais não operam da mesma forma que nossos comportamentos emocionais. O filme lida muito com o passado e arrependimento, porém ele mostra que todas nossas experiências são fundamentais para o nosso existir. Apagar o passado, consiste em apagar coisas maravilhosas também, que às vezes nós só não queremos que venha a tona, ou acaba vindo tarde demais.
Percebi tudo isso ao assistir o filme quando adolescente (tenho que revê-lo urgente) e essa explosão mental é o que eleva esse filme para minha lista. Além de ter um dos melhores casais do cinema: Clementine e Joel.
18 - Batman: O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight)
Diretor: Christopher Nolan / Ano: 2008
Roteiro: Christopher Nolan e Jonathan Nolan
O Cavaleiro das Trevas deve ser o único filme da lista que entrou na lista antes mesmo de assisti-lo. Desde as notícias da atuação até a morte de Heath Ledger, depois as primeiras críticas ao filme e as matérias da revista SET (a revista de cinema que colecionei por dez anos, durante toda minha adolescência). Assisti ao filme na estreia e a atuação de Ledger como Coringa torna-se memorável. Além de elevar o gênero de super-heróis a outro patamar. Era o filme que os quadrinhos precisavam para serem levados a sério em Hollywood. Sem contar que Batman era meu herói preferido quando criança (amava os filmes dos anos 90 do herói).
Um adendo: Cavaleiro das Trevas começa uma fase do cinema de superherói que vai dominar nossa década de 2010 e praticamente se encerrará com Vingadores Ultimato.
17 - A Sociedade dos Poetas Mortos (The Dead Poets Society)
Diretor: Peter Weir / Ano: 1990
Roteiro: Tom Schulman
Assisti no natal de 2018 esse filme, após muitos amigos sempre o indicarem e eu ignorar. Lembro que quando criança, era um dos vhs da videoteca que meu pai tinha da revista Caras. O título sempre me instigava e após a morte de Robin Williams, vi dezenas de vídeos pela internet citando a famosa cena final do "My captain". Então quando eu peguei para assistir o filme, era um filme que subestimei muito e fui comovido ao encontrar uma história sobre mentores e aprendizes e como uma pessoa pode deixar uma marca profunda na vida do outro de maneira positiva. Além de que, a sociedade do filme, me trouxe muitas lembranças sobre como sempre vivi em grupos tanto na escola, na faculdade e na igreja. Afinal com meus amigos, sempre buscamos coisas em comum para sustentar nossa relação já que não há laço sanguíneo como na família (no ensino médio, era a vivência em sala de aula; na faculdade, o amor pelos filmes; na igreja, o grupo de jovens). Acontece o mesmo em "A Sociedade..." onde a poesia une esses rapazes para perceberem que a vida vai muito além de decorar livros para um vestibular.
16 - Quase Famosos (Almost Famous)
Diretor: Cameron Crowe / Ano: 2000
Roteiro: Cameron Crowe
Um garoto de quinze anos que tem a oportunidade de acompanhar a turnê de uma banda de rock para escrever uma matéria para uma revista. O filme perfeito para outro garoto de quinze anos que sonhava em se tornar jornalista. O filme me marca justamente devido a esse lado jornalístico da história, num momento que meu olhar voltava a essa profissão (que evoluiu para ser um comunicador). Esse filme não é tão conhecido do grande público (na realidade, não conheci ninguém que o assistiu além de mim) e é uma pena ele não estar nas grandes plataformas de streaming para que outras pessoas também tenham a oportunidade de conhecer essa obra.
15 - Forrest Gump: O Contador de Histórias (Forrest Gump)
Diretor: Robert Zemeckis / Ano: 1994
Roteiro: Eric Roth
Robert Zemeckis é outro aprendiz de Spielberg (além do Chris Columbus) que aparece na lista. Com dois filmes, o primeiro é Forrest Gump, do qual eu me recordo muito de assisti-lo quando criança várias vezes de madrugada na Globo. A inocência quase surreal do personagem de Tom Hanks, acompanhando momentos marcantes da história recente dos Estados Unidos traz uma obra prima que é impossível não ser um dos filmes preferidos de várias pessoas. Diversas vezes eu assisti novamente ao filme com amigos em algum sábado a noite qualquer, mesmo sendo um filme "antigo". As vezes quando tudo está uma merda, é bom parar a sua vida por duas horas e assistir Forrest Gump para recuperar suas forças.
14 - O Rei Leão (The Lion King)
Diretor: Roger Allers e Rob Minkoff / Ano: 1994
Roteiro: Irene Mecchi, Jonathan Roberts e Linda Woolverton
O primeiro filme. Dispensa explicações do porquê esse filme está na minha lista, mas vamos lá porque gosto de ser prolixo. Lembro quando meu pai comprou o nosso primeiro aparelho videocassete, porém, o primeiro desenho deve ter sido O Rei Leão ou Pinóquio, mas como eu sabia de cor todas as falas e músicas do filme, Rei Leão vem mais à minha memória afetiva quando penso em qual foi o primeiro filme que assisti. A história é baseada em Hamlet de William Shakespeare, um dos motivos dessa animação ser tão "universal" e cativar de dez entre dez cinéfilos.
13 - O Corcunda de Notre-Dame (The Hunckback of Notre-Dame)
Diretor: Gary Trousdale e Kirk Wise / Ano: 1996
Roteiro: Tab Murphy, Irene Mecchi, Bob Tzudiker, Noni White e Jonathan Roberts
Corcunda foi uma animação estranha na minha infância. Lembro dos brinquedos que saíram como marketing na época. Lembro de alugar na locadora e não me interessar tanto, afinal, era a época que saiu Toy Story, muito mais atrativo. Porém, quando comecei a minha caminhada de igreja em 2008, assisti novamente Corcunda e escutei muito a trilha sonora. Então a animação se transformou e entendi que não era somente uma animação "infantil" da Disney, mas uma obra-prima que falava de temas como preconceito aos deficientes, xenofobia, abuso de poder, corrupção eclesial e abuso sexual. Mas a trilha sonora dá o toque a mais que se torna tão marcante para mim. Quantas e quantas noite passei ouvindo Quasímodo cantando "Lá Fora" e me imaginando nos telhados da Notre-Dame observando Paris.
12 - Star Wars: Os Últimos Jedi (Star Wars: The Last Jedi)
Diretor: Rian Johnson / Ano: 2017
Roteiro: Rian Johnson
MAMILOS! Talvez o item mais polêmico da lista. Os Últimos Jedi é um marco na franquia Star Wars, porém, só o tempo dirá se é positivo ou negativo. Afinal, é um filme que você ama ou odeia. Muitos, mas muitos fãs odiaram "Os Último Jedi", porém eu amo, afinal, ele eleva a franquia Star Wars a outro nível (até um tempo atrás, não havia nenhum Star Wars na minha lista apesar de amar a franquia). O principal motivo de tanto ódio ao filme, é o fato de pegarem o protagonista da franquia, Luke Skywalker, e transformá-lo num herói falho que cometeu um erro imperdoável: tentou matar o sobrinho com medo que o mesmo estive sendo atraído para o lado negro da força. Para mim, isso traz uma complexidade ao mundo de Star Wars até antes não visto. Além de uma dezena de questões e temas que o roteiro trás consigo sobre todo o universo dos filmes e mostra como hollywood pode realmente renovar franquias famosas e de grandes bilheterias fugindo das fórmulas de sucesso (caminho que o filme seguinte, A Ascensão Skywalker, toma ao apostar no certo e no básico para não desagradar ninguém).
11 - O Albergue Espanhol (L'Auberge espagnole)
Diretor: Cédric Klapisch / Ano: 2002
Roteiro: Cédric Klapisch
Com certeza o filme mais desconhecido da minha lista. Lembro que vi o trailer dele em algum VHS que aluguei por volta de 2004/2005. Me interessei porém nunca achei esse filme para alugar, até um dia que ele passou na madrugada da Globo. Assisti e encontrei uma obra que me fascinou muito. Por motivos muito parecidos a de filmes anteriores: o jovem Xavier que viaja para a Espanha, com o sonho de ser escritor (busca pela profissão que envolve a escrita igual a "Quase Famosos") e acaba morando num albergue com jovens de várias nacionalidades europeias (vivência em grupo com amigos, igual "Sociedade dos Poetas Mortos"). Claro que se tratando de um filme europeu, quem espera uma comédia americana ou um filme sessão da tarde, não encontrará isso, pois o Albergue trata mais sobre um recorte da vida de Xavier nesse período dele em que ele vive com pessoas diferentes. É justamente a história do rapaz que sai da sua vida comum e é colocado no meio de outras pessoas diferentes dele que me chamou a atenção na minha adolescência e foi uma profecia do que eu viveria na minha vida adulta.
Obs: Quem tiver curiosidade, tem o filme completo no YouTube (dublado e legendado). Quem assistir, me conta depois o que achou do filme.
É consenso entre todos os cinéfilos que amamos fazer lista de filmes. Existe um prazer não explicado em ordenar e ranquear filmes, apesar de ser contraditório querer quantificar arte através de números (você consegue ranquear obras de arte num museu?).
Porém listas geram um desacordo muito grande. Tenho o livro "1001 filmes para assistir antes de morrer" e é incrível que mesmo em 1001 filmes, ainda existam aqueles que não entram numa lista e nos faça reclamar. Todos os youtubers cinéfilos também dizem que quando fazem listas, que essa é somente a opinião deles, que não é definitivo, pois a arte é subjetiva.
A escolha de um filme para fazer parte da vida de alguém, vai além do fato de ser melhor ou pior. Eles são muito envolvidos com o fato de sua maneira que você se relacionou com o filme. Fatores como época que você assistiu, seu emocional naquele dia, sua maturidade, nostalgia, gosto, até mesmo local e ocasião, interferem na maneira que você enxerga aquela obra. Essas questões são levantadas pelas Teorias do Cinema, um ramo do estudo cinematográfico que leva em conta justamente a relação do homem com a sétima arte. Não vou entrar no mérito de falar sobre isso hoje, mas trago esse fato a tona para esclarecer que esses são os meus 25 filmes preferidos, mas não necessariamente o 25 melhores filmes que já assisti (por exemplo, A Pedra Filosofal não é o melhor Harry Potter, mas é o que coloco hoje nessa lista).
Dito e esclarecido tudo, vamos lá, nessa primeira parte vou lhes contar vinte dos meus 25 Filmes da Minha Vida (posição 25 a 6).
ATENÇÃO, ESSA LISTA NÃO TEM UMA ORDEM DE PREFERÊNCIA, OS NÚMEROS SERVEM SOMENTE PARA ORGANIZAÇÃO
25 - O Parque dos Dinossauros (Jurassic Park)
Diretor: Steven Spielberg / Ano: 1993
Roteiro: Michael Crichton, David Koepp
Minha primeira lembrança com esse filme é a fita VHS no formato de um fóssil de dinossauro que meu irmão alugava na locadora quando eu era criança. Porém, quando eu tinha uns sete anos, foi a primeira vez que assisti ao filme. Era um sábado de madrugada e por algum motivo, eu dormi na sala de casa com minha mãe, porque haviam parentes dormindo em casa naquele final de semana. Passou na tv aberta e assisti inteiro pela primeira vez. Aquela cena das crianças fugindo dos Velociraptors na cozinha do parque me marcou eternamente, mas é a música que permanece no meu coração. Minha grande felicidade é ouvir hoje em dia o Enzo cantarolando essa mesma música do mago John Williams da qual eu amo desde minha infância.
Trailer do filme
Música tema por John Williams
Diretor: Chris Columbus / Ano: 2001
Roteiro: Steve Kloves
A saga Harry Potter é um grande representante da minha infância e adolescência. Com certeza foi o filme que mais me aproximou de pessoas. Fiz amizades através de Harry Potter que levo para minha vida inteira. Apesar dos primeiros filmes apresentarem hoje seus primeiros sinais de envelhecimento. Os oito filmes funcionam como um todo. Em termos de qualidade, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (Alfonso Cuaron - 2004) era o filme que eu menos gostava da franquia por não ser fiel ao livro, porém hoje tornou-se o melhor de todos para mim (é a maturidade cinematográfica me atingindo). Mas para essa lista, o grande representante é o primeiro filme, pois a Pedra Filosofal traz consigo aquela magia de descobrir o mundo mágico junto com o Harry. Como não se emocionar ao avistar Hogwarts pela primeira vez?
Obs: Chris Columbus é um dos dois discípulos de Steven Spielberg que vão aparecer na minha lista.
Trailer do Filme
Música tema por John Williams
Diretor: Steven Spielberg / Ano: 1993
Roteiro: Steven Zaillian
Interessante notar como Steven Spielberg e John Williams aparece de maneira recorrente no meu top25. Porém Lista de Schindler é o filme do Spielberg que entra de maneira mais tardia na lista. Assisti ele em 2012, num final de semana qualquer. A intenção era assistir porque na época da faculdade eu me voltei muito para os clássicos. Eu imaginei que iria me ater muito a parte técnica do filme devido aos estudos. Mas me entreguei a história e o filme foi arrebatador. Fiquei quase uma hora chorando após o filme terminar, portanto, a cena que coloco aqui é justamente a que mais me emocionou que é a do final (e não a cena da menina de vermelho).
Trailer de 25º Aniversário do Filme
Música tema por John Williams (também)
Diretor: Gene Kelly & Stanley Donen / Ano: 1952
Roteiro: Betty Comden, Adolph Green
"Du Du Du Du Du Du Du Du Du Du... I'm singing in the rain" ♪
Esse foi o primeiro filme que assisti devido à faculdade. Eu já tinha uma predileção por musicais, mas assistir e dissecar esse filme nas aulas de cultura cinematográfica marca o início de um momento muito especial de minha vida. Tanto que homenageamos o filme em um curta da faculdade. É um dos principais clássicos que recomendo para quem quer explorar os grandes clássicos do cinema.
Trailer do Filme
Cena "Singin in the Rain" com Gene Kelly
Diretor: Fernando Meirelles / Ano: 2002
Roteiro: Bráulio Mantovani
Cidade de Deus é um filme parecido com um vinho, melhora o gosto quanto mais tempo se passa. Assisti ao filme quando criança logo após sair na locadora. Era uma história chocante, mas naquele momento, o filme pode ter passado batido por mim após assistir. Foi ao longo dos anos e dos meus estudos, que eu vi o quanto o filme carrega consigo todo o potencial da arte cinematográfica. A edição, trilha-sonora, atuações, direção, tudo converge para uma obra-prima. É um filme com relevância social? Sim. É um filme que retrata as mazelas e a dura crueldade do nosso país e das favelas? Sim. Mas ela vai além do discurso pelo discurso, pois costumamos ver muitas obras que apelam para a fórmula "favela-violência-tráfego-pobre oprimido-polícia". Porém em Cidade de Deus, a história se sobressai, um conto moderno e atemporal que nos carrega por completo pelas 2 horas e 15 de projeção. Desde a primeira cena da perseguição da Galinha, nos entregamos para a história de Zé Pequeno e Buscapé.
Trailer do Filme
20 - Curtindo a Vida Adoidado (Ferris Bueller's Day Off)
Diretor: John Hughes / Ano: 1986
Roteiro: John Hughes
Comprei Curtindo a Vida Adoidado num saldão na internet por volta de 2007/2008. Clássico da Sessão da Tarde, porém eu nunca havia assistido, mas sabia de sua fama e por isso arrisquei a compra. É difícil explicar como uma comédia "boba" como essa fascina tanto. A explicação mais plausível é falando do diretor John Hughes. Em meio a uma enxurrada de filmes adolescentes no anos 80, Hughes traz um olhar sensível à eles como se perguntasse ao jovem "o que você está sentindo?". Curtindo a vida... assim como outros filmes do diretor (spoiler, tem mais Hughes nessa lista) traz tudo aquilo que costumamos ver nessas comédias, mas eleva a um novo patamar ao colocar sentimento nessas histórias. Os diretores dos filmes juvenis dos anos 80 inseriam muito romance nos filmes, com o olhar que esse é o único sentimento existente nesses jovens devido aos hormônios sexuais. Hughes vai além e coloca outras camadas em seus personagens, como questionamentos (faço o que quero ou faço o que meus pais mandam?), psicologia (projeção, introspecção, idealização, atuação, entre outros) e sentimentos (raiva, ódio, passividade, pena e até mesmo ironia). Você consegue enxergar tudo isso em curtindo a vida adoidado? Não? É porque além disso, Hughes entrega uma comédia hilária conduzida com maestria pela atuação de Matthew Broderick.
Trailer do Filme
19 - Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (Eternal Sunshine of the Spotless Mind)
Diretor: Michel Gondry / Ano: 2004
Roteiro: Charlie Kaufman
O Show de Truman é o filme que traz a melhor atuação de Jim Carrey, que mostra em como ele sai facilmente do esteriótipo do comediante caricato e transforma-se em um ator dramático. Porém, em Brilho Eterno... ele consegue se despir totalmente da comédia e temos um ator livre para ser alguém mais "real", mesmo num roteiro "absurdo". A história do filme é surreal e fascinante: Jim Carrey é Joel Barrish, um cara que termina seu relacionamento com Clementine (Kate Winslet) e participa de um experimento psicológico onde ele apaga toda a memória que ele teve dela de sua mente. Eis a grande reviravolta do filme: Clementine também apaga Joel de suas memórias, porém os dois se reencontram e acabam se "apaixonando" um pelo outro, sem saber que já foram namorados.
Agora, após as devidas explicações, Brilho Eterno é um filme que me marca, pois, na minha adolescência, um dos gêneros que eu mais assisti foi comédia romântica através do intermédio de minha irmã, que é uma colecionadora desses filmes. Após assistir vários filmes desse tipo, Brilho Eterno subverte a fórmula. Ele traz um olhar para a mente humana e como nossos comportamentos racionais não operam da mesma forma que nossos comportamentos emocionais. O filme lida muito com o passado e arrependimento, porém ele mostra que todas nossas experiências são fundamentais para o nosso existir. Apagar o passado, consiste em apagar coisas maravilhosas também, que às vezes nós só não queremos que venha a tona, ou acaba vindo tarde demais.
Percebi tudo isso ao assistir o filme quando adolescente (tenho que revê-lo urgente) e essa explosão mental é o que eleva esse filme para minha lista. Além de ter um dos melhores casais do cinema: Clementine e Joel.
Trailer do Filme
Diretor: Christopher Nolan / Ano: 2008
Roteiro: Christopher Nolan e Jonathan Nolan
O Cavaleiro das Trevas deve ser o único filme da lista que entrou na lista antes mesmo de assisti-lo. Desde as notícias da atuação até a morte de Heath Ledger, depois as primeiras críticas ao filme e as matérias da revista SET (a revista de cinema que colecionei por dez anos, durante toda minha adolescência). Assisti ao filme na estreia e a atuação de Ledger como Coringa torna-se memorável. Além de elevar o gênero de super-heróis a outro patamar. Era o filme que os quadrinhos precisavam para serem levados a sério em Hollywood. Sem contar que Batman era meu herói preferido quando criança (amava os filmes dos anos 90 do herói).
Um adendo: Cavaleiro das Trevas começa uma fase do cinema de superherói que vai dominar nossa década de 2010 e praticamente se encerrará com Vingadores Ultimato.
Trailer do Filme
Diretor: Peter Weir / Ano: 1990
Roteiro: Tom Schulman
Assisti no natal de 2018 esse filme, após muitos amigos sempre o indicarem e eu ignorar. Lembro que quando criança, era um dos vhs da videoteca que meu pai tinha da revista Caras. O título sempre me instigava e após a morte de Robin Williams, vi dezenas de vídeos pela internet citando a famosa cena final do "My captain". Então quando eu peguei para assistir o filme, era um filme que subestimei muito e fui comovido ao encontrar uma história sobre mentores e aprendizes e como uma pessoa pode deixar uma marca profunda na vida do outro de maneira positiva. Além de que, a sociedade do filme, me trouxe muitas lembranças sobre como sempre vivi em grupos tanto na escola, na faculdade e na igreja. Afinal com meus amigos, sempre buscamos coisas em comum para sustentar nossa relação já que não há laço sanguíneo como na família (no ensino médio, era a vivência em sala de aula; na faculdade, o amor pelos filmes; na igreja, o grupo de jovens). Acontece o mesmo em "A Sociedade..." onde a poesia une esses rapazes para perceberem que a vida vai muito além de decorar livros para um vestibular.
Trailer do Filme
16 - Quase Famosos (Almost Famous)
Diretor: Cameron Crowe / Ano: 2000
Roteiro: Cameron Crowe
Um garoto de quinze anos que tem a oportunidade de acompanhar a turnê de uma banda de rock para escrever uma matéria para uma revista. O filme perfeito para outro garoto de quinze anos que sonhava em se tornar jornalista. O filme me marca justamente devido a esse lado jornalístico da história, num momento que meu olhar voltava a essa profissão (que evoluiu para ser um comunicador). Esse filme não é tão conhecido do grande público (na realidade, não conheci ninguém que o assistiu além de mim) e é uma pena ele não estar nas grandes plataformas de streaming para que outras pessoas também tenham a oportunidade de conhecer essa obra.
Trailer do Filme
15 - Forrest Gump: O Contador de Histórias (Forrest Gump)
Diretor: Robert Zemeckis / Ano: 1994
Roteiro: Eric Roth
Robert Zemeckis é outro aprendiz de Spielberg (além do Chris Columbus) que aparece na lista. Com dois filmes, o primeiro é Forrest Gump, do qual eu me recordo muito de assisti-lo quando criança várias vezes de madrugada na Globo. A inocência quase surreal do personagem de Tom Hanks, acompanhando momentos marcantes da história recente dos Estados Unidos traz uma obra prima que é impossível não ser um dos filmes preferidos de várias pessoas. Diversas vezes eu assisti novamente ao filme com amigos em algum sábado a noite qualquer, mesmo sendo um filme "antigo". As vezes quando tudo está uma merda, é bom parar a sua vida por duas horas e assistir Forrest Gump para recuperar suas forças.
Trailer do Filme
Diretor: Roger Allers e Rob Minkoff / Ano: 1994
Roteiro: Irene Mecchi, Jonathan Roberts e Linda Woolverton
O primeiro filme. Dispensa explicações do porquê esse filme está na minha lista, mas vamos lá porque gosto de ser prolixo. Lembro quando meu pai comprou o nosso primeiro aparelho videocassete, porém, o primeiro desenho deve ter sido O Rei Leão ou Pinóquio, mas como eu sabia de cor todas as falas e músicas do filme, Rei Leão vem mais à minha memória afetiva quando penso em qual foi o primeiro filme que assisti. A história é baseada em Hamlet de William Shakespeare, um dos motivos dessa animação ser tão "universal" e cativar de dez entre dez cinéfilos.
Trailer do Filme
King of the Pride Rock - Minha música preferida do filme
13 - O Corcunda de Notre-Dame (The Hunckback of Notre-Dame)
Diretor: Gary Trousdale e Kirk Wise / Ano: 1996
Roteiro: Tab Murphy, Irene Mecchi, Bob Tzudiker, Noni White e Jonathan Roberts
Corcunda foi uma animação estranha na minha infância. Lembro dos brinquedos que saíram como marketing na época. Lembro de alugar na locadora e não me interessar tanto, afinal, era a época que saiu Toy Story, muito mais atrativo. Porém, quando comecei a minha caminhada de igreja em 2008, assisti novamente Corcunda e escutei muito a trilha sonora. Então a animação se transformou e entendi que não era somente uma animação "infantil" da Disney, mas uma obra-prima que falava de temas como preconceito aos deficientes, xenofobia, abuso de poder, corrupção eclesial e abuso sexual. Mas a trilha sonora dá o toque a mais que se torna tão marcante para mim. Quantas e quantas noite passei ouvindo Quasímodo cantando "Lá Fora" e me imaginando nos telhados da Notre-Dame observando Paris.
Trailer do Filme
Out There - Minha música preferida do filme
Diretor: Rian Johnson / Ano: 2017
Roteiro: Rian Johnson
MAMILOS! Talvez o item mais polêmico da lista. Os Últimos Jedi é um marco na franquia Star Wars, porém, só o tempo dirá se é positivo ou negativo. Afinal, é um filme que você ama ou odeia. Muitos, mas muitos fãs odiaram "Os Último Jedi", porém eu amo, afinal, ele eleva a franquia Star Wars a outro nível (até um tempo atrás, não havia nenhum Star Wars na minha lista apesar de amar a franquia). O principal motivo de tanto ódio ao filme, é o fato de pegarem o protagonista da franquia, Luke Skywalker, e transformá-lo num herói falho que cometeu um erro imperdoável: tentou matar o sobrinho com medo que o mesmo estive sendo atraído para o lado negro da força. Para mim, isso traz uma complexidade ao mundo de Star Wars até antes não visto. Além de uma dezena de questões e temas que o roteiro trás consigo sobre todo o universo dos filmes e mostra como hollywood pode realmente renovar franquias famosas e de grandes bilheterias fugindo das fórmulas de sucesso (caminho que o filme seguinte, A Ascensão Skywalker, toma ao apostar no certo e no básico para não desagradar ninguém).
Teaser do Filme
Diretor: Cédric Klapisch / Ano: 2002
Roteiro: Cédric Klapisch
Com certeza o filme mais desconhecido da minha lista. Lembro que vi o trailer dele em algum VHS que aluguei por volta de 2004/2005. Me interessei porém nunca achei esse filme para alugar, até um dia que ele passou na madrugada da Globo. Assisti e encontrei uma obra que me fascinou muito. Por motivos muito parecidos a de filmes anteriores: o jovem Xavier que viaja para a Espanha, com o sonho de ser escritor (busca pela profissão que envolve a escrita igual a "Quase Famosos") e acaba morando num albergue com jovens de várias nacionalidades europeias (vivência em grupo com amigos, igual "Sociedade dos Poetas Mortos"). Claro que se tratando de um filme europeu, quem espera uma comédia americana ou um filme sessão da tarde, não encontrará isso, pois o Albergue trata mais sobre um recorte da vida de Xavier nesse período dele em que ele vive com pessoas diferentes. É justamente a história do rapaz que sai da sua vida comum e é colocado no meio de outras pessoas diferentes dele que me chamou a atenção na minha adolescência e foi uma profecia do que eu viveria na minha vida adulta.
Obs: Quem tiver curiosidade, tem o filme completo no YouTube (dublado e legendado). Quem assistir, me conta depois o que achou do filme.
Trailer do Filme
10 - Laranja Mecânica (Clockwork Orange)
Diretor: Stanley Kubrick / Ano: 1971
Roteiro: Stanley Kubrick
Subversivo. Laranja Mecânica é isso em sua essência. Assim como boa parte dos filmes dessa lista, assisti durante minha adolescência, sem qualquer conhecimento de que era um filme de Stanley Kubrick ou do que se tratava o filme. Era um sábado a noite, estava assistindo TV na sala e passou o comercial de que seria transmitido no Cine Belas Artes do SBT. Pronto, conheci uma obra prima cinematográfica sem ao menos saber o que era isso. Talvez foi o filme que fez com que eu visse o cinema não como um entretenimento mas sim como uma Obra de Arte, e como tal, o filme cumpre o que uma obra de arte propõe: impactar.
Obs: Incrível como as sessões de filmes da madrugada formou meu caráter cinematográfico: Intercine, Supercine, Domingo Maior, Corujão e Sessão de Gala na Globo; Cine Belas Artes no SBT.
Trailer do Filme
9 - Central do Brasil (Central do Brasil)
Diretor: Walter Salles / Ano: 1998
Roteiro: João Emanuel Carneiro e Marcos Bernstein
Reassisti recentemente com um amigo. Era a primeira vez que ele viu o filme. A primeira reação dele após meia hora ter se passado: "A Dora é uma FDP". Isto é Fernanda Montenegro entregando uma atuação de primeira classe. Também assisti a esse filme quando criança e talvez é o primeiro que me fez entender que a atuação é uma das várias peças que compõe o filme. Outra coisa que me marca é ver o Brasil que eu conheço ser retratado nas telas de maneira muito real. Quando Dora e Josué começam seu "road movie" pelo interior do país em direção do nordeste, cada paisagem me traz lembranças da minha infância, especialmente quando eu viajava com meu pai para entregar jornal pela região.
Trailer do Filme
8 - Trilogia De Volta para o Futuro (Back to the Future)
Diretor: Robert Zemeckis / Ano: 1985/1989/1990
Roteiro: Robert Zemeckis, Bob Gale
Primeira Trilogia a aparecer na minha lista. Também de Robert Zemeckis (de Forrest Gump). Um filme que ouvi falar muito e diversas vezes vi relances que passaria na Sessão da Tarde. Mas a primeira vez que assisti foi em DVD. A temática de viagem do tempo sempre chamou minha atenção e em De Volta... temos um grande filme sobre o tema sem necessariamente ter o peso de uma ficção científica e sim a sutileza de uma comédia adolescente. O filme envelheceu muito bem e acaba se tornando atemporal, mesmo com o tal futuro do filme se passando em 2015 (que já é o nosso passado). O primeiro filme ganha muitos pontos a mais por ser uma aula de construção de roteiro. Tudo o que é necessário para a história acontecer é apresentado nos primeiros quinze minutos de filme através de detalhes que passa despercebido num primeiro instante, mas é fundamental para que a viagem "de volta para o futuro de 1985" aconteça no final. A química entre os atores Michael J. Fox e Christopher Lloyd é uma das melhores do cinema (tanto que o desenho Rick e Morty é inspirado em Martin McFly e Doc Brown) e faz com que a história vá além do que simplesmente uma viagem no tempo.
Trailer do Filme
7 - Vingadores: Guerra Infinita & Ultimato (Avengers Infinity War & Avengers End Game)
Diretor: Irmãos Russo / Ano: 2018/2019
Roteiro: Christopher Markus & Stephen McFeely
O filme mais recente a pertencer a lista. Os dois últimos capítulos da Saga do Infinito me marca pela experiência como um todo. Primeiro, em acompanhar dez anos de uma história que começou a ser construída em 2008 com Homem de Ferro, algo que só o cinema atual pode fazer com suas franquias e projetos transmídias,ou seja, a experiência do filme não acaba quando você sai da sala de cinema, ela se estende para a internet, para as séries de tv derivadas, para as histórias em quadrinhos, etc. Segundo ponto, é a experiência em conjunto: raras as vezes que o cinema pode se transformar num estádio de rock, onde o público vibra e responde a cada ato do filme, quem pode assistir essas obras no cinema durante o lançamento vai levar para sempre esse sentimento. O terceiro ponto é fechar uma era dos filmes do gênero super-herói (que iniciou com o Batman Cavaleiro das Trevas como eu disse lá em cima na lista), pois é nítido que a Marvel, DC e os demais estúdios estão buscando a partir de agora novas formas de criar obras desse gênero. Talvez leve dez anos ou muito mais para encontrarmos filmes que recrie tudo o que Vingadores pode fazer em 2018/19.
A obra mais antiga da minha lista é também a melhor de todas. Para mim Cidadão Kane é o melhor filme já feito, uma obra-prima perfeita. Orson Welles usa com maestria todos os recursos da linguagem cinematográfica à favor da história. O filme conta a história de Charles Foster Kane, um magnata da comunicação, dono de um império midiático. Mas o grande diferencial é que Cidadão Kane inaugura o "cinema moderno", pois a história não é linear. Tudo começa com a morte do protagonista e então começa uma investigação jornalística que entrevista cinco pessoas próximas ao personagem para tentar responder uma pergunta: "Qual o significado da última palavra dita por Kane no leito de morte?". Portanto, quem for assistir ao filme, saiba que não vai encontrar um filme clássico com uma estrutura normal, na verdade, temos um filme que se baseia totalmente no recurso do flashback para contar sua história.
Trailer de Guerra Infinita
Trailer de Ultimato
6 - Cidadão Kane (Citizen Kane)
Diretor: Orson Welles / Ano: 1941
Roteiro: Herman J. Mankiewicz & Orson Welles
A obra mais antiga da minha lista é também a melhor de todas. Para mim Cidadão Kane é o melhor filme já feito, uma obra-prima perfeita. Orson Welles usa com maestria todos os recursos da linguagem cinematográfica à favor da história. O filme conta a história de Charles Foster Kane, um magnata da comunicação, dono de um império midiático. Mas o grande diferencial é que Cidadão Kane inaugura o "cinema moderno", pois a história não é linear. Tudo começa com a morte do protagonista e então começa uma investigação jornalística que entrevista cinco pessoas próximas ao personagem para tentar responder uma pergunta: "Qual o significado da última palavra dita por Kane no leito de morte?". Portanto, quem for assistir ao filme, saiba que não vai encontrar um filme clássico com uma estrutura normal, na verdade, temos um filme que se baseia totalmente no recurso do flashback para contar sua história.
Trailer do Filme
Aqui encerro a primeira parte da lista. Pretendo semana que vem postar o meu TOP 5 dos meus filmes preferidos.
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