TBT - Entrei de gaiato num navio
Esses dias encontrei perdido na minha HD essa foto.
Um misto de sentimentos veio e nada melhor que usar a hashtag #TBT para contar o significado dessa foto.
Vou regressar em 2009, primeira vez que ouvi falar sobre o movimento do Emaús. Na época me recordo de me convidarem a fazer esse "retiro", mas como eu tinha 17 anos me disseram que ainda não poderia fazer. Naturalmente o tempo foi me afastando daquelas pessoas que tinham feito esse encontro e eu fui tomando outros caminhos na minha vida.
No início de 2015, eu estava no meu segundo ano à frente do grupo Jeans e na época a Carla me convidou para fazer o tal do "emaús". Aceitei, porém o próximo curso seria o feminino e ela com a Celeste procuravam indicações de meninas para poder fazer o encontro que iria acontecer dentro de um mês.
Comentei sobre três meninas do Jeans que já eram maior de idade e poderiam fazer o encontro: Aline, Monique e Daiane. Sem saber que a Dayse (vulgo, Pretu) também iria fazer esse retiro.
Sem imaginar, os convites para elas foram feitos, as três disseram sim e partiram naquele navio chamado Emaús. Um ano antes, outra amiga nossa (a Fran) tinha feito o mesmo retiro e eu com a Carla e mais alguns fomos na missa de chegada dela em Itapetininga.
Portanto, tínhamos como meta ir em Itapetininga buscar essas nossas amigas que estavam no tal do Emaús. Sem saberem, montamos a nossa "caravana". Nos reunimos domingo de manhã na reunião do Jeans no salão e tentamos combinar de ir, mas era fim de mês e a maioria não tinha dinheiro.
Eis que entrou o nosso plano secreto. Eu com a Giovana (que viria a se tornar minha afilhada de Emaús) fizemos uma lista de pessoas que realmente queriam ir até Itapê e tinham contato com as meninas, na época tinha por volta de sessenta integrantes no jeans e sabíamos que algumas pessoas tinham interesse de ir por motivos errados (vulgo b.o.).
Então, fui até a casa de um anjo na vida do Jeans que emprestou o dinheiro da van e assim nos encontramos na praça da Santa Cruz às 17h30 e partimos para Itapetininga.
Que dia histórico... nos perdemos em Itapê pois confiávamos que a Giovana conhecesse o caminho, afinal ela morou em Itapetininga (que erro de principiante, NUNCA deixe a Giovana indicar o caminho). Chegamos na Catedral, estávamos todos ansiosos em recepcionar as meninas, não sabíamos se nos escondíamos delas ou ficava à vista para elas se surpreenderem.
Ao longe elas desceram do ônibus com sorrisos enormes e acenaram para a gente. Então começou a missa, umas das missas mais bonitas que já assistimos. Ao som de Rumo Certo aquelas meninas entraram na igreja com um sorriso e uma alegria inexplicável. Todos estavam muito felizes e admirados com a felicidade que habitava naquele lugar. Todos com uma vontade de conhecer essa felicidade que foi encontrada nesse tal Emaus.
A missa acabou, aquelas meninas não queriam ir embora, tivemos encontros e despedidas ali e conseguimos puxar o padre Ricardo por alguns instantes para essa foto (coisa impossível hoje em dia), iniciando uma tradição de fazer fotos de missas de chegada.
Voltamos embora tão felizes daquela missa, que nos fez refletir que toda a missa deveria ser assim, uma verdadeira Páscoa, uma celebração alegre da eucaristia. Nos divertimos tanto na volta que aquela van não ficou quieta nenhum minuto, com direito á Marcela mandando nos seus súditos com uma coroa do Burger King na cabeça e a gente desvendando o mistério dos "Sete amores da Segunda-Rainha" (isso somente uma pessoa vai entender kkkkkk).
Cada um voltou mudado aquela noite, pensando no que era aquela alegria que sentiram na missa e o que poderia ter lá dentro daquele tal de Emaús para termos voltado assim. Tetando descobrir o que cada uma daquelas quatro meninas havia vivido. Levou mais dois anos para eu conhecer o "tal do emaús" e entendo o porque de cada missa de chegada trazer essa felicidade tão grande.
Essa foto é uma das mais importantes da minha história de grupo de jovens e uma alegria que permanece até hoje. Saudade não tem tradução.
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